Por Felipe Recondo e Mariângela Gallucci, no  Estadão:
O Supremo Tribunal Federal volta a julgar hoje  a Lei da Ficha Limpa sob a expectativa de que derrube seus efeitos nas eleições  de 2010. Por ter sido aprovada em ano eleitoral, a tendência, na Corte, é de que  a maioria dos ministros, incluindo o novo integrante do tribunal, Luiz Fux,  conclua que a lei só pode vigorar a partir das eleições de 2012. Se confirmada a  decisão, candidatos eleitos barrados pela lei poderão tomar posse. 
Dentre esses beneficiados estão Jader Barbalho  (PMDB-PA), barrado por ter renunciado ao mandato em 2001 para fugir do processo  de cassação, mais o ex-governador da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB-PB),  cassado por abuso do poder econômico, e João Capiberibe (PSB-AP), senador  cassado em 2004 por compra de votos. Todos tiveram votos suficientes para se  elegerem para o Senado, mas foram impedidos de tomar posse pela Justiça  Eleitoral.
Os candidatos que assumiram essas vagas, no  caso, perdem os mandatos. Na Câmara, com a alteração do coeficiente eleitoral,  deputados que hoje estão exercendo mandato deverão também perder suas vagas.  Todo esse processo, adiantam os ministros, deverá gerar confusão.
O “caminho mais fácil”, como definiu um  ministro, será apenas dizer que a legislação não poderia ser aplicada no ano  passado. Assim, os diversos pontos polêmicos da lei ficarão à espera de um  futuro e incerto julgamento do Supremo. Isso deverá acontecer apenas no ano que  vem, quando candidatos a vereador e prefeito forem barrados com base na lei e  recorrerem novamente ao STF. 
 

 
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