Eleja, não reeleja!

Eleja, não reeleja!
A casa do povo está contaminada, cabe a nós (povo), promovermos a limpeza.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Mensalão Gaudério.

 PTB muda de posição, pede fim do regime de urgência e pode decretar a morte prematura do Pacotarso


Os deputados federais e estaduais do PTB encontraram uma saída magistral, na tarde desta quarta-feira, para superar o enorme constrangimento que o Partido e o governo Tarso Genro vem sofrendo desde que o deputado Sérgio Morais "revelou" que cada deputado estadual do Partido recebeu cargos equivalentes ao total mensal de R$ 80 mil para apoiar o Piratini.

. Desde a parte da manhã, o PTB parecia embretado entre continuar no governo e sofrer os terríveis ataques e criticas que se avolumaram dentro da própria Assembléia e na mídia desde segunda-feira ou sair do governo.

. A saída foi mais inteligente e resultou da reunião desta quarta a tarde entre os deputados federais e estaduais, mais os deputados que fazem parte do governo do PT, objetivou livrar a cara do PTB, do governo e também pacificar o Partido:

1) A bancada do PTB (6 deputados) colocou-se ao lado dos 23 deputados da oposição e a partir desta quinta-feira protocalará moção para acabar com o regime de urgência em relação aos quatro projetos do Pacotarso (dois de previdência, um de precatórios e outro da taxa ambiental). O pedido incluirá proposta para a realização de audiências públicas. A posição do PTB altera o cenário de votações na Assembléia, porque a maioria mudou de lado para a votação de terça-feira.

2) A partir de julho, o atual presidente do PTB, o deputado e secretário Luis Lara, renunciará e em seu lugar assumirá o 1o vice-presidente, justamente o deputado Sérgio Morais, pivô de toda a encrenca.

. É o começo do fim do Pacotarso.
Blog Polibio Braga

Tal qual Roberto Jefferson, o Deputado Sérgio Moraes joga merda no ventilador e denuncia o mensalão gaudério ou seria o "MENSAGENRO".

O Feirão do carro roubado.


O FEIRÃO DO CARRO ROUBADO.

A política de bolsas do governo federal vai longe. Quando não é para a África, é para o árido altiplano andino. É bolsa-Itaipu, é bolsa-dívida e o sistema de meritocracia: quanto mais tirano for o companheiro, mais recurso receberá.

Evo Morales, por exemplo, basta que embargue a voz e lá se vai uma parte da riqueza nacional. Foi assim ao tomar usina da Petrobras e permanece assim no caso dos veículos roubados aqui e esquentados pelo índio fake.

Inaugura-se nova era na América Latina pós-Foro de São Paulo: a transferência de renda entre “nações”. Precisamente, do salário do brasileiro para o balancete do ditador aliado.

Após Evo assinar decreto em 10 de junho garantindo prazo para oficializar produtos de crimes que circulam na Bolívia, subiu o número de feirões de veículos a céu aberto próximo à fronteira entre o estado de coisas e o estado-delito.

Um automóvel que pela tabela Fipe custa R$ 27 mil no Brasil é encontrado por R$ 5,6 mil nas robautos incentivadas por Morales. Por outros R$ 3 mil o receptador travestido de consumidor o legaliza com o jamegão do companheiro de Lula.

Se Evo estipulou seu quinhão, o cidadão daqui paga o preço. Os reflexos estão no bolso, no corpo, na mente, com o trauma psicológico, a dor física, a impunidade, o sofrimento. Quem ainda não foi assaltado, é vítima no aumento dos valores de seguros para evitar prejuízo maior quando for – não é praga, mas interpretação dos dados.

No triângulo da morte, de um lado o carro é roubado, do outro se transforma em cocaína e derivados (crack, oxi) e na base estão a violência, os danos ao futuro dos jovens, os estragos na Saúde, a demolição da paz nas ruas e nas famílias.

A presidente Dilma Rousseff “agiu” em defesa da soberania e – com a presteza dispensada pelo STF no caso Battisti – escalou 500 homens do Exército para proteger os 3.400 km de ligação entre os dois países. Em turnos, cada soldado vai cuidar de 14 km de mata fechada, rios e estradas vicinais, sem estrutura, sem nada além da coragem.

Até o mês passado, os veículos aéreos não-tripulados, adquiridos a peso de ouro, permaneciam no chão, sem combustível. Faltam também comida (vai dispensar quase metade de seus recrutas) e munição (cortar 50% dos exercícios de tiro), e sobra perigo (suspendeu os exercícios de adestramento).

Uma pena o Brasil não retaliar a Bolívia com o mesmo destemor usado na defesa de terroristas. O governo não protege o território nem seus habitantes. Conspurca-se entre os déspotas como se o dinheiro público não tivesse dono e como se o proprietário dos bens privados dos brasileiros fosse o amigo do alheio à espreita na outra margem da fronteira.


Demóstenes Torres é procurador de Justiça e senador (DEM/GO)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

STF diz que Marcha da Maconha é liberdade de expressão...

Após a votação pela liberação da marcha da maconha que o STF julgou ser liberdade de expressão e não apologia ao uso de drogas.
Este blogueiro propõe que Marcelo D2 seja indicado como novo Juiz do STF no lugar da Juiza Ellen Gracie que pediu para sair.
Nunca antes na história deste país tivemos um STF tão patético, aparelhado e incompetente.
Julgam baboseiras com ares de ilibados defensores da constituição, e o MENSALÃO vai chegando à prescrição, e nossos ministros ficam perdendo tempo com marchas de maconha.
Realmente as instituições no Brasil estão apodrecidas. Perdemos a representatividade diante das leis.
Quando a suprema corte de nossa democracia faz de conta que julga, e nós fazemos de conta que acreditamos, é sinal que as coisas estão muito piores do que parecem.
Sempre digo que deveriam fechar o congresso nacional por não ter função prática alguma a não ser o de favorecer aos mesmos de sempre, e olhando por esse ângulo... bem que poderiam levar o STF junto.
Uma nação não sobrevive ordeira e pacificamente quando as instituições estão aparelhadas ao ponto de desafiarem a sociedade para agradar minorias ideológicas ou imbecilizadas.
Agora só falta o Battisti virar maconheiro.

ESTAMOS PHUDIDOS!!!
...............................
Ahhh, se algum juiz do STF se sentir ofendido com esta postagem. Por favor, não esqueça da MINHA liberdade de expressão hein?

Pare o mundo que eu quero descer.

Enquanto isso, no Brasil…


Sem comentários ....

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Bolívia legaliza carros sem documentos e gera polêmica

Do Jornal da Band

pauta@band.com.br

A lei promulgada pelo presidente da Bolívia, que garante anistia para todos os veículos irregulares que circulam no país, continua gerando protestos. A medida pode facilitar a entrada no pais vizinho, de carros roubados no Brasil.

A medida provocou polêmica dentro e fora da Bolívia, especialmente nos países vizinhos. Segundo o Sindicato de Empresas de Seguros Privados, 40% dos carros que circulam irregularmente naquele país foram roubados no Brasil.

Veja a reportagem:

http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000439263

Este realmente não é um país sério (estou falando do Brasil)

Para relembrar - Mentira premiada

terça-feira, 14 de junho de 2011

A PRINCESA SEM COROA

A PRINCESA SEM COROA.


Semana passada estava eu entrando num banco para ver se tinha restado algum trocado, até o dia da "viúva" (INSS) fazer o depósito. Foi quando uma linda garota de uns 40 anos, minissaia, entrou na fila dos caixas.
Imediatamente sai da fila dos idosos e também entrei na mesma fila. Em pouco tempo ela olhou para trás e sorrindo e disse:
- Porque o senhor não utiliza a fila dos idosos?
Você sabe para que lugar eu tive vontade de mandá-la, não é? Porém, mantive a calma e usei toda minha experiência. Puxei papo e resolvi inventar, para impressionar. Falei das minhas "experiências como comandante de navio de cruzeiro". Eu havia lido um livro sobre um comandante de navio de turismo. Sabia tudo a respeito.
- Uau! o senhor foi comandante de transatlântico?
- Só por 22 anos - respondi expressando uma certa indiferença pelos anos de trabalho, mas sentindo que tinha capturado a presa, era só abater e comer.
Nossa! E com essa sua pinta o senhor deveria, certamente, agradar muito o público feminino, nas noites de jantar com o comandante.
Boquiaberto só pude responder:
Hã? - distraído, eu estava de olho fixo no decote da jovem que exibia, exuberantemente, seus lindos seios. Ela me pegou no flagra. Eu sem graça e ela não fez por menos!
- O senhor ficou vermelho! Ficou até mais bonito. Aliás, o senhor deveria fazer um teste na televisão. Eu estava perplexo e apavorado, depois dos 60 isto acontece uma só vez antes da morte. Aquele avião pronto para decolar e eu sem condições nem mesmo de efetuar o chek in. Sim, não sabia ao certo quanto teria na conta corrente.. Quanto estaria custando um viagra?
...Onde poderia arrumar duzentão, até o dia do depósito da "viuva"?... Quanto estariam cobrando um apê no motel? Será que se chamar um táxi pega bem? Comecei a suar frio.
- Eu, artista de televisão?
- Sim! o senhor lembra aquele famoso galã dos anos 50, que minha avó me mostrou na revista "Rainha do Rádio". Ela tem verdadeira paixão por essas revistas. Adorava Marlene, Emilinha Borba. Deus nos livre de alguém mexer nas suas revistas. Ela guarda a sete chaves, com o maior carinho. O senhor é saudosista também?
- Sim! Mas, você ta me gozando. Galã dos anos cinquenta?
- Verdade... não me lembro bem o nome, só sei que ele fazia filmes para o cinema, era muito famoso. Ma..Mário, não era. Era alguma coisa como... ah sim, tinha dois zes no nome.
- Mário Gomezz? - apelei
- Não, não era este o nome. Ahhh lembrei... Mazzaropi? Isto Mazzaropi! Mazzaropi era um galã, não era?
Nesta hora minha autoestima fez um buraco no chão e foi parar na terra do sol nascente. Pô, quando ela disse que eu parecia galã dos anos cinquenta, pensei num Paulo Gracindo, Paulo Autran, ou algum Antonio Fagundes da vida. Mas, Mazzaropi? ...Puta que pariu! Mas, até aí tudo bem, para pegar aquele avião eu ia de Mazzaropi mesmo..
O meu fabuloso programa da tarde só veio a acabar, quando ela, sem querer, derrubou um livro que tinha na mão. Eu, como um verdadeiro cavalheiro, inventei de abaixar para apanhá-lo. Só que esqueci as recomendações do meu ortopedista sobre minhas artroses e artrites, que quando eu me abaixasse, o fizesse de uma forma bem vagarosa.
Enquanto o livro descia, eu mais que depressa, inventei de pegá-lo na altura dos joelhos desnudos da jovem. Só escutei a frase dela:
- Uau! que reflexo - você parece um garotão!
Ouvi esta frase, e mais dois sons. Um som abafado da região da minha coluna que travou no ato, e o som estridente de um prolongado peido que, além de sinalizar a frouxidão do rabo lembrou-me da intensa dor na coluna. E quem disse que eu conseguia endireitar o corpo? Arqueado, tentava me endireitar e peidava. Tentava, e novamente peidava. Pô, o pior, que há pouco tinha almoçado num restaurante alemão. Imagina o odor?
A jovem vendo que a situação não se reverteria, tirou os dois dedos que apertavam suas narinas, apanhou o celular, discou para o SAMU e colocou um fim no meu sonhado romance...

Em homegagem aos Politicos Sapucaienses.


Qualquer semelhança é mera coincidência

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A ANATOMIA DA CORRUPÇÃO

O raio X da corrupção
Veja - 06/06/2011
Peritos da Polícia Federal descobriram como se assaltam os cofres públicos sem deixar rastros e ao abrigo da lei.
Uma dúvida atormentou por muito tempo as melhores cabeças da Policia Federal. Ao investigarem quadrilhas envolvidas em obras públicas, policiais deparavam frequentemente com um quadro incompreensível. Tanto nas conversas telefônicas interceptadas quanto nos e-mails apreendidos, era comum flagrar empresários e executivos falando sobre desvio de dinheiro, pagamento de propina a funcionários públicos, remessas para o exterior por meio de caixa dois e demais assuntos que compõem o repertório clássico da corrupção que emerge sempre que entre o dinheiro público e um fornecedor privado de produtos ou serviços existe um intermediário desonesto. Mas, mesmo com a certeza de estarem diante de um crime, os investigadores muitas vezes não conseguiam responder a uma pergunta crucial: de onde vinha o ganho dos criminosos? Isso porque, apesar das evidências gritantes de falcatrua, quando os agentes da policia analisavam os contratos firmados entre as empresas e os órgãos públicos, chegavam à conclusão de que os preços que elas cobravam estavam dentro dos limites legais – ou seja, não havia superfaturamento. Ora, se não havia superfaturamento, não havia ganho ilegal e; se não havia ganho ilegal, todo o resto deixava de fazer sentido.
Em março, a dúvida dos investigadores deu lugar a uma explicação cristalina. Depois de dois anos de análise minuciosa de contratos públicos, levantamento de notas fiscais, checagem de custos de 554 compras empreendidas em obras do governo e visitas in loco de algumas dezenas de canteiros de obras, peritos da PF descobriram o “pulo do gato” – ou, mais apropriadamente neste caso, do rato. O truque pode ser chamado de “superfaturamento oculto”.
Para entender essa criação genuinamente brasileira, é preciso fazer um rápido mergulho no mundo das licitações. Há muito tempo, o governo federal é cobrado a estancar o desperdício que mina dos contratos de obras públicas e corrói seus cofres. Para dar uma resposta a isso, desde 2003 a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a exigir que os órgãos públicos, antes de fazer qualquer pagamento, observem as tabelas oficiais de referência de preços. Essas tabelas, formuladas em conjunto por diversos órgãos do governo, contêm os valores médios dos principais materiais de construção e insumos usados em obras de engenharia civil. A primeira delas chama-se Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). A segunda, Sistema de Custos Rodoviários (Sicro). Há oito anos, seu uso é obrigatório. Muito bem. Para órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, um preço só é classificado como “superfaturado” se estiver acima dos valores constantes do Sinapi e do Sicro. Tudo o que estiver dentro do limite das tabelas é considerado legal.
O que a PF descobriu, e que causa espanto, é que as duas tabelas oficiais já trazem preços muito superiores aos praticados pelo mercado. Uma rápida pesquisa realizada pelos peritos policiais no comércio revelou que os preços dos produtos mais usados em obras de engenharia estão, em média, 20% mais altos do que deveriam.
Se o leitor, por exemplo, for a um depósito para comprar um tijolo cerâmico do tipo “oito furos”, pagará 44 centavos a unidade. O mesmo tijolo, adquirido pelo governo. sairá por 56 centavos. A diferença, de 27%, é carregada para o ninho dos ratos da corrupção. Em produtos como a tinta látex acrílica, ela chega a 128%. No forro para teto, do tipo bandeja, as tabelas trazem valores até 145% mais altos que o usual. Ou seja, basta as empresas seguirem a tabela ao pé da letra para obter uma espécie de “superfaturamento legal”.
Os peritos da PF que descobriram o golpe fizeram registrar em seus relatórios um outro alerta: dado que o governo nunca compra só um tijolo – suas encomendas começam invariavelmente na casa do milhar – e quem compra em grande quantidade sempre tem direito a desconto, seria de esperar que nas obras públicas de grande porte os valores unitários acabassem ainda mais em conta. Ocorre que os valores registrados no Sinapi e no Sicro não levam em consideração a escala. Com isso, o governo dá de bandeja mais um motivo para as empreiteiras deitarem e rolarem. Elas cobram preços muito acima dos de mercado, fazem isso à sombra de regras estipuladas pelo próprio governo e, assim, ficam inalcançáveis pela lei – e pelas auditorias do TCU.
Os três órgãos responsáveis por elaborar as tabelas de referência – o IBGE, a Caixa Econômica Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – alegam que elas representam o teto do que o governo pode pagar, e não a média dos preços do mercado. Ocorre que, obviamente, as empreiteiras sempre preferirão – e darão um jeito de fazer valer seu desejo – receber pelos valores de “tabela cheia”.
Há diversos formas de conseguir isso. A primeira é contar com a conivência de quem organiza a licitação. Segundo o Ministério Público Federal, foi o que aconteceu na licitação para a construção do trecho da Ferrovia Norte-Sul que corta o estado de Goiás. O trabalho foi dividido em sete lotes. Havia diversas empreiteiras interessadas em participar da concorrência, mas a Valec, a estatal que cuida da construção de ferrovias, habilitou apenas sete empresas, uma para cada lote. Ou seja, não houve disputa alguma. Todos os que entraram no certame sabiam que iriam ganhar um lote. Com isso, jogaram o preço lá no alto, cientes de que não seria preciso superar nenhum concorrente. Quando os envelopes da licitação foram abertos, os preços oferecidos pelas empreiteiras para cada um dos lotes eram apenas 0,5% mais baixos do que o teto previsto no edital, com valores baseados no Sinapi e no Sicro. O governo pagou 245 milhões de reais apenas pela construção de um dos sete trechos. Desse valor, concluíram os peritos da PF, 50 milhões de reais foram superfaturados.
A outra forma de conseguir cobrar o preço cheio é adotar o acerto direto entre as empresas – o que se chama, no jargão dos investigadores, de conluio. Os empresários que vivem de obras públicas se reúnem e acertam quem ficará com cada uma das obras tocadas pelo governo. Um não invade o território do outro e todos ficam satisfeitos. Nesse tipo de acordo, várias empresas entram em uma licitação para “fazer número”. Mas apenas uma oferece um preço um pouco abaixo do teto das tabelas. Todas as demais extrapolam os valores. Na contabilidade dos ratos da corrupção, mais vale tocar uma única obra com “tabela cheia” do que conseguir vários contratos com margem de lucro apertada. Os peritos enfileiram uma relação de mais de uma dezena de obras públicas em que, teoricamente, houve licitação, mas as propostas vencedoras, como no caso da Norte-Sul, ofereciam menos de 1% de desconto em relação ao teto das tabelas. “Quando não existe competitividade no certame licitatório e o vendedor oferece desconto irrisório em relação ao orçamento de referência, há uma considerável margem ‘legalizada’ para superfaturamento”, diz o relatório da PF.
Para os investigadores, é dessa margem que as empreiteiras retiram os milhões de reais que doam aos partidos políticos a cada eleição. Não era fácil entender como as empresas desses ramos conseguiam operar com boa margem de lucro, dentro do limite legal, e ainda despejar milhões de reais nas mãos dos políticos. “A margem oculta de negociação muitas vezes é utilizada para manter organizações criminosas”, crava o relatório dos peritos.
Falar em organização criminosa aqui não é força de expressão. Depois de ler os relatórios da PF, o Ministério Público Federal abriu um novo inquérito por suspeita de que as empresas teriam cooptado pessoas das equipes que formulam as tabelas oficiais de preços para inflar as cotações. Nos últimos meses, as descobertas da PF foram compartilhadas com o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral da União e a Secretaria de Direito Econômico, ligada ao Ministério da Justiça. O governo já foi informado do descalabro, mas, até agora, não esboçou reação. Já as empreiteiras se mexeram rápido: antes que o trabalho da PF e a investigação do MP resultem em qualquer medida que venha a ferir seus interesses, elas deram início a um lobby frenético para reajustar os valores do Sinapi e do Sicro. Sim, querem subir ainda mais os já inflados valores de referência.
Uma montanha de verbas públicas está prestes a ser despejada nas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014. Pelos cálculos da PF, dos 24 bilhões de reais que serão gastos no Mundial, 5 bilhões ao menos podem ir pelo ralo da corrupção com a providencial ajuda das tabelas de referência. O objetivo dos ratos da corrupção é roer o dinheiro público sem deixar rastros. O do governo deve ser exterminá-los - e acabar de uma vez por todas com essa farra.

Dilma descobriu que ninguém troca alianças com o PMDB impunemente



Além do que fortaleceu ainda mais o Temer e conseqüentemente deu mais poder ao PMDB pois, apesar do jeito estranho de anunciar a coisa, ficou entendido que o vice Michel Temer É o novo coordenador político do governo. (leia aqui)

Coisa que em Sapucaia o Ballin já descobriu faz tempo.

Salários e SALÁRIOS


LEMBREM DELES NA HORA DO VOTO

Como vencer a pobreza e a desigualdade

REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES

Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para Professores. Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases. REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES, dizem que nosso Presidente não gostou do texto, e disse: " Essa acadêmica se não for do DEM, só pode ser Tucana!"

Tema:'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

Por Clarice Zeitel Vianna Silva

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.

Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

Favor divulguem, aos poucos iremos acordar este "BraSil".


O TRIUNFO DAS NULIDADES

O Brasil vai bem, obrigado, para os parasitas, os que nada produzem e os políticos...

Ronaldinho Gaúcho : R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado e condecorado pela Academia Brasileira de Letras"

Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
- Mesmo sendo analfabeto, é "Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...

Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...

Moral da História:

Os professores ganham pouco é porque só servem
para ensinar coisas inúteis, como ler, escrever e pensar.

Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:

- Educação Física:
Futebol
Circo

- Música:
Sertaneja
Pagode
Axé

- História:
Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
Biografia dos Heróis do Big Brother do Bial
Involução do Pensamento das "Celebridades"
História da Arte: De Carla Perez a Faustão

- Matemática:
Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
Técnicas de "Como Fraudar o Fisco", "Como Abrir Empresas-Fantasma",
"Como Aliciar Laranjas" Como multiplicar seu bem patrimonial em 20x em apenas quatro anos

- Português e Literatura :
Para quê? O último "prizidente" orgulhava-se de jamais ter lido um livro!

- Biologia, Física e Química :
Desnecessárias, por excesso de complexidade.

- Educação Moral e Cívica:
Manual do Guerrilheiro
A Guerrilha Urbana
Como Preparar Bombas Caseiras

Precisa de mais alguma coisa? Sim o seu voto !....

Blog do Beto

sexta-feira, 3 de junho de 2011

BRASIL SEM MISÉRIA. TÁ LEGAL. ME ENGANA QUE EU GOSTO.


A mãezona Dilma Rousseff quer tirar 16,2 milhões da miséria até 2014 e para tanto vai gastar R$ 20 bilhões por ano.
Na verdade, a historinha é bem outra desta que está sendo contada nos releases oficiais e na propaganda chapa branca. Quer ver? Vamos fazer umas continhas simples: somar, diminuir, multiplicar e dividir. Nada de fórmulas cientificas ou daquelas explicativas que os doutores do economês e socielês costumam fazer para enganar os "cabeça de camarão".
Vamos lá, então? Pois, muito bem.
Mãezona, se a senhora vai gastar 20 bilhões por ano para tirar 16,2 milhões da miséria, a senhora está gastando apenas R$ 4 bilhões. Embora, para efeito marketeiros, esteja sendo anunciado R$ 20 bilhões. Sabe por quê, mâezona? Porque a senhora já gasta R$ 16 bilhões por ano com a Bolsa Família. E tem mais, mãezona, esses 4 bilhões não vão dar para arranjar esse tantão de eleitores - 16,2 milhões - que a senhora está anunciando. A conta não fecha, mãezona. Ora, se a senhora diz que vai tirar mais de 16,2 milhões de pessoas da miséria, a senhora precisaria de ao menos R$ 32 bilhões por ano só para essas pessoas, sem contar com as cerca de 16 milhões de pessoas que já são atendidas pelo Bolsa Família. Matemática é uma coisa simples, não tem invenção e sim explicação.
Sabe o que é que eu acho, mãezona? Acho que esse número 20 está tirando o sono de muita gente do Planalto Central. Será que o senhor Palhocci não andou dando consultoria a esse projeto Brasil Sem Miséria? Pode até ser. Porque os números foram aumentados de forma fantástica, mas alguém se esqueceu de fazer a prova dos nove. E a conta está errada. Não bate. Não tem jeito. Tentei várias vezes e nada...nadinha.
Este é um aspecto da questão. A outra, muito mais grave, mãezona, é que esse paliativo não vai tirar ninguém da miséria não. A senhora sabe disso. Qualquer pessoa que saiba contar até dez também sabe. Nós estamos no Século 21. O Brasil é o único país do mundo que reúne cem por cento de condições para ser o líder dentre todas as nações do planeta Terra nos próximos milênios. Temos de tudo em abundância. Temos terras para plantar. Temos água para beber. Temos a mais diversificada fauna e flora do planeta. Temos os mais preciosos metais indispensáveis para o desenvolvimento tecnológico do presente e do futuro. Temos o povo mais trabalhador. O mais bem humorado. Somos quase 200 milhões de pessoas com capacidade de trabalho.
Não dá mais para a gente ficar chupando dedo e assistir aos nossos governantes propagandear esses planinhos miseráveis que não resolvem a vida de ninguém. São apenas compra de votos desses miseráveis que vão continuar na miséria. Eles não merecem ser enganados desta forma. O Brasil não merece isso. O povo brasileiro não merece isso.
Somos grandes e exigimos grandeza dos governantes. Chega de miséria. Chega de pobreza. É preciso dar um basta nessa política entreguista e passar a administrar nossas riquezas em benefício do nosso povo e não em benefício dos gringos picaretas que mandam e desmandam neste país. Não precisamos de planos miseráveis. Precisamos de grandeza e competência dos governantes para gerenciar nossas riquezas e dar uma vida digna e honrada a cada brasileiro.
Entendeu, mãezona?
NE. Faça suas contas com os dados da matéria publicada na Folha SP

Blog Lúcio Neto

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um homem incomum reescreve a história do Brasil

Por Nilson Borges Filho (*)
"Foi um acidente ... foi um acidente ...” Brasília madrugava e os gritos vinham da suíte principal da residência do presidente do Senado Federal. Secreta, mordomo e homem de confiança da família Sarney, entrou esbaforido no quarto do chefe para saber o que estava acontecendo, afinal aquela era uma reação incomum de um político incomum, que já havia presidido o país.

Dona Marly acordou assustada e não tinha a menor ideia do que estava acontecendo com o marido, ali ao seu lado, molhado de suor, com os olhos esbugalhados que comprovavam ter passado por uma experiência horrível. Secreta pegou o telefone para avisar ao filho mais velho do senador, Fernando Sarney, que o pai não estava nada bem e que, considerando a sua idade avançada, o ideal seria que tomasse o primeiro avião e rumasse para Brasília.

Dona Marly, irritada, tomou o telefone da mão de Secreta para tranquilizar o filho, alegando que o marido tinha tido um pesadelo penoso e havia acordado em sobressaltos. Mas nada de grave, emendou Dona Marly antes de desligar o telefone.

Mas o senador – homem de letras – havia lido que os sonhos são uma tentativa de realização de um desejo reprimido que se alojava no inconsciente. Pelo menos foi isso que conseguiu entender, depois de ter lido a orelha do livro onde Freud trata da interpretação dos sonhos.

Na verdade, o sonho de Sarney, que se transformou em pesadelo, revivia um período dramático da história recente do Brasil, o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Sarney passou a acreditar que o pesadelo tinha um efeito simbólico, e que o afastamento de Collor não passava de um acidente histórico e que, por isso mesmo, deveria ser apagado da memória do povo. Recuperado, depois de tomar um ansiolítico, Sarney vestiu o jaquetão preferido – preto com risca de giz – lambuzou os poucos fios de cabelo com brilhantina e saiu na ponta dos pés para inaugurar uma série de painéis e fotos que refletem os momentos importantes da história do Brasil e do Congresso Nacional.

A pressa em chegar, já nas primeiras horas da manhã no Senado, tinha a ver com o pesadelo da madrugada, onde havia recebido “um aviso” de que o impeachment de Collor tinha sido um acidente. Sabe-se que Sarney não tem a menor simpatia por Collor, desde a campanha presidencial que elegeu o seu substituto.

Para se eleger, Collor atacou Sarney de todas as maneiras, chamando-o de omisso e corrupto. Injustamente, diga-se de passagem.Mas o maranhense – ligado nessas coisas de superstição – acredita piamente (Sarney é um homem pio) que o pesadelo foi um aviso e, como tal, deveria usar das suas atribuições, como presidente do Congresso Nacional, para retirar os painéis que retratavam os fatos importantes do afastamento de Collor de Melo. E assim foi feito.
A Madre Superiora da política nacional, incorporando homens públicos que decidiram reescrever a história dos seus países, jogou no lixo um dos momentos mais importantes da história política recente do Brasil.

Nunca antes na história deste país, as instituições funcionaram tão bem: a Câmara dos Deputados, em sessão destinada a esse fim, autorizou a abertura do processo de afastamento de Collor; o Senado Federal, sob à presidência do ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, julgou e decidiu pelo impeachment de Collor por crime de responsabilidade; o Supremo Tribunal Federal, funcionando normalmente, rejeitou todos os recursos do ex-presidente.

As Forças Armadas cumpriram com o seu papel constitucional, permitindo que a crise ficasse sob a jurisdição do poder civil. O Brasil, naquele ano, deu uma aula de democracia. Democracia essa que Sarney quer apagar da memória do povo. Lula tem um bom professor. Um deboche!
Blog do Aluizio Amorim
(*)Nilson Borges Filho é doutor em direito, professor e articulista colaborador deste blog

O jogo do PMDB

Quarta, 01 de Junho de 2011, 03h16
 
Com o enfraquecimento do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, em consequência da revelação de que, no ofício de consultor, depois que deixou a Fazenda e assumiu o mandato de deputado federal, ele multiplicou exponencialmente o seu patrimônio em apenas 4 anos, o PMDB está se articulando para rever com o governo do qual é o principal aliado a coordenação política com a sua base parlamentar, para preservar a administração Dilma Rousseff do contágio da crise instaurada.
É nisso que a caciquia peemedebista quer que a opinião pública acredite. Trata-se de um engodo. A origem das tensões entre o Planalto e a legenda do vice-presidente Michel Temer não está no enfraquecimento de Palocci. O enfraquecimento do ministro-chefe da Casa Civil é apenas uma oportunidade com a qual os seus maiorais não contavam para transformar frustrações acumuladas nestes cinco meses de novo governo em pontiagudos instrumentos de pressão sobre a presidente. Simples assim.
O partido e o governo até que se esforçaram para jogar areia nos olhos do público. Foi um fiasco. Desde logo, a ideia já ofendia a inteligência alheia. Consistia em fazer de uma trivialidade na rotina oficial um espetáculo de congraçamento. Na Base Aérea de Brasília, antes de embarcar para um bate e volta a Montevidéu, na manhã de segunda-feira, Dilma Rousseff posaria para uma photo op - como dizem os americanos para designar a encenação conveniente aos fotografados - com o vice que assumiria a interinidade por poucas horas. Faltou combinar com o temperamento da dupla.
Em lugar do registro de um caloroso abraço, que é o que aconteceria fossem os atores, digamos, o exuberante ex-presidente Lula e o afável senador Aécio Neves, o que o aparato de comunicação do Palácio acabou oferecendo foi a imagem patética de duas figuras constrangidas que mal se tocavam, sem um vestígio de sorriso, numa expressão corporal perfeitamente adequada, afinal, à verdade que desejavam escamotear. Nesse embate ninguém decerto é inocente.
Mas é fato que motivo para amargura quem tem é o PMDB, tratado a pão, água e desdém pelo governo do qual o partido se considera condômino e não visitante eventual. Começou com a montagem da equipe. Dilma subtraiu da sigla pastas importantes, como a da Saúde, dando-lhe de troco a raquítica Secretaria de Assuntos Estratégicos. Seguiu-se a gafe inaugural da exclusão de Temer da primeira reunião do conselho político do governo com a presidente. Ele teve de passar pelo constrangimento de fazer chegar ao Planalto o seu amuo.
A louvável decisão de Dilma de segurar verbas e cargos ficou azedada pela miopia política que a impedia de enxergar a obrigação de dialogar com o PMDB, por ter o partido uma bancada na Câmara incomumente coesa, como se veria na votação do salário mínimo, quando fechou com o governo, e na do Código Florestal, quando fechou contra.
E neste segundo episódio, combinando impertinência com incompetência, Dilma mandou, e Palocci topou, ameaçar o vice, pelo telefone, com a demissão dos 5 ministros da legenda. Justo pelo telefone, que o ministro se recusava a atender quando do outro lado da linha estavam políticos da base.
Ainda assim, os líderes peemedebistas no Congresso, que bloquearam as tentativas da oposição de convocá-lo a se explicar, prometem continuar a poupá-lo, pelo menos enquanto esperam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se manifestar sobre as explicações do ministro a respeito de sua rendosa incursão pela esfera privada. O PMDB, por saber que ele não é uma unanimidade no PT, ainda mais agora que pode ser criticado como um grão-burguês, não quer lançá-lo aos lobos. Mas quer que ajoelhe no milho, para aprender bons modos.
Com Palocci - ou, principalmente, sem, na hipótese de sobrevir o pior -, Dilma terá, por sua vez, de trocar sua louvável ojeriza pelos picaretas da política pelo abominável cinismo com que seu criador, Lula da Silva, se cercou deles para garantir-se no poder.
Sob pena de ter de institucionalizar a tutela do ex-presidente.

Editorial O Estadão.